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domingo, 29 de junho de 2014

Veteranos da UD Fafe A60 saem de Vega com o dever cumprido



Texto e fotos: João Carlos Lopes

Big show Braga e Paulo Rocha

- O espírito do veteranismo é mais forte que qualquer vitória e move montanhas

- Todos ganharam e ninguém perdeu 

Os Veteranos da UD Fafe A60 terminaram mais uma aventura de dois dias no estrangeiro, nomeadamente em Vega de Espinareda, onde participaram num torneio com 12 equipas espanholas e portuguesas, numa  competição ganha pela equipa do Desportivo de Chaves, que venceu a formação de Rans Penafiel na final.

A organização esteve a cargo dos veteranos de Vega de Espinareda que no final presentearam todas as equipas participantes com três troféus distintos e muito bonitos, sem fazer distinções entre o primeiro e o último recebendo todos por igual. Proporcionaram também um jantar volante a todos os participantes com variedade e muita fartura.

Relativamente ao derradeiro jogo dos veteranos da UD Fafe A60, depois do grande esforço da viagem e dos três jogos do dia anterior e ao reduzido número de atletas que viajaram as mazelas fizeram-se sentir, mas mesmo assim frente a uma equipa de Ponferrada totalmente fresca, que veio substituir o Ribadeo deram luta e jogaram com alma e coração mais 50 minutos. Perderam no resultado mas ganharam no espectáculo. 

Braga numa das suas magistrais arrancadas ficou cara a cara com o guarda-redes do Ponferrada e depois de várias simulações sentou-o e meteu a bola onde quis. Um daqueles golos só ao alcance dos predestinados. 

Outro jogador em foco, não só neste jogo mas em todo o torneio foi Paulo Rocha. Mesmo condicionado fisicamente, na hora de tentar negar o golo entregou-se de corpo e alma e fez defesas espantosas evitando vários golos. 

Se estes dois sobressaíram do demais no derradeiro jogo, nos anteriores, e ao todo foram jogados pelos fafenses 200 minutos em dois dias, toda a equipa tentou dar o seu máximo dentro das possibilidades e limitações de cada um. Faltaram jogadores importantes mas é preciso dar o devido valor a quem esteve presente que só não fizeram mais porque não podiam e muitos deles agravaram as suas mazelas e ganharam novas lesões. Foi visível o seu esforço e as sequelas com que ficaram depois dele. Foram bravos, guerreiros e dignificaram mais uma vez o nome de Fafe e da UD Fafe. Aliás, nas duas fotos de conjunto que tiraram fizeram questão de exibir a bandeira do município. 

O veteranismo esteve patente neste torneio. É gratificante ver o reencontro das pessoas, a forma efusiva como se saúdam e como interagem quer sejam portugueses ou espanhóis. A amizade está lá e é notória. São amizades de jogos de futebol mas parecem de uma vida inteira e isso é muito bonito e vale mais que qualquer vitória pois os resultados são estatística e a amizade tem um verdadeiro conteúdo para além dos números. 

O reencontro é algo que soa a família global de uma miscelânea de equipas que por momentos esquecem tudo e formam uma só, a dos veteranos de futebol e nada mais. É por isso que os convites para torneios e para jogos não páram e é também por isso que se fazem, por vezes, mais de mil quilómetros por uma simples partida de futebol de 50 ou 60 minutos.

Terminou assim mais uma aventura em terras espanholas, numa bela localidade, onde as cegonhas sobrevoam a população e as montanhas emolduram um vale encantado povoado de pessoas simpáticas. Por falar em simpatia, as dos empregados da unidade hoteleira do jantar de Sábado foi inexcedível e o serviço de primeira qualidade, os jogadores fafenses sentiram-se em casa e a satisfação foi geral.

Um torneio onde se reviram velhos amigos e se fizeram novas amizades. Mais uma vitória da amizade sobre qualquer preconceito ou resultado. Todos ganharam e ninguém perdeu.               

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